Você me ama? Porque eu te amo. Podíamos morar juntos. Não teria problema algum. Se faltar drama, a gente inventa. Salpica uma briga aqui, uns tapas ali, tempera com ciúmes. Só para dar tempo de sentir saudades, só para conseguirmos perceber que não sou mais nada sem você. Passa rápido. Se faltar romance, a gente inventa. Canta uma música como se fosse a nossa, desenha um castelo como se morássemos lá, escreve um romance com narrador personagem. Se faltar sonhos, a gente inventa. Muda os móveis de lugar, descobre uma selva atrás do sofá e um vulcão no armário. Se ficar tudo muito quente, a gente mente. Inventa motivo para se esconder um pouco. Só para sentir a frieza de estar sozinho. Mas nesse meio tempo, alguns poemas meus podem te servir de casaco. Só para você não me tirar do seu sangue. E prometo que vou sempre medir sua temperatura, para saber realmente o que você precisa. Se faltar açúcar, eu penso em um motivo para poder entrar no banheiro. Então eu escreveria minhas palavras adocicadas no espelho enquanto você toma banho. Se faltar aventura, a gente inventa. Pega um vôo para um lugar qualquer. Mas amor não vai faltar, pois o meu estará a sete chaves, todas elas com seu nome escrito.
Inexpressivo
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Sorrisos.
Sorrisos fazem um estrondo, definem opiniões e substituem as palavras. É como a tempestade, que alerta que a chuva forte chegará. Sorrisos mostram o seu estado emocional, seu humor. Um sorriso mal posto, é uma tristeza demasiadamente forte, que lhe faz querer não compartilhar com os outros, que faz a tristeza ser somente sua e conselho nenhum lhe fará melhor, nesses casos, o sorriso é capaz até de substituir uma lágrima. Sorrisos também podem fazer mal, quando a carga do coração está cheia e alguém quer chorar sem se preocupar com os soluços, o sorriso é instantâneo, vem imediatamente e diz que está tudo bem, enganando a todos de um jeito tão traiçoeiro que todos acreditam.
Sorrisos são escritos sem palavras, que definem sentimentos, que carregam o coração, e nos mantêm de pé, mesmo que já estejamos caídos.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Eu sigo leve...
Eu sigo sutilmente por tais estradas desconhecidas e repletas de rostos novos e desconfiados...
Sem ditar regras, nem a procura de convicções, eu sigo sem me preocupar se algum dia isso me fará falta...
Eu sigo leve, com o coração cheio de saudades e nem um pouco preocupado com o que pode vir depois de amanha, quando o auge de minha vida será resultado de ações de hoje...
Eu vejo meus erros, e sei que posso voltar e conserta-los, só que voltar pro prefácio não me fará chegar ao fim disso aqui...
Eu não espero encontrar dragões nem mostro de 7 cabeças, pois não tenho armas pra enfrentá-los, mais sei que posso enfrentar distâncias e paixões mau resolvidas, pois meu coração já possui todas as armas para o distanciamento e desprezo ...
Não espero amores eternos, porque a eternidade não me faz ficar com os dois pés no chão, e voar é algo que só acontece nos sonhos mais bizarros...
Eu sigo leve, sem me preocupar porque o sol não apareceu hoje, e se as estrelas são pequenas lembranças de gerações passadas...
Eu sigo leve...
Leve pra caminhar...
Sem ditar regras, nem a procura de convicções, eu sigo sem me preocupar se algum dia isso me fará falta...
Eu sigo leve, com o coração cheio de saudades e nem um pouco preocupado com o que pode vir depois de amanha, quando o auge de minha vida será resultado de ações de hoje...
Eu vejo meus erros, e sei que posso voltar e conserta-los, só que voltar pro prefácio não me fará chegar ao fim disso aqui...
Eu não espero encontrar dragões nem mostro de 7 cabeças, pois não tenho armas pra enfrentá-los, mais sei que posso enfrentar distâncias e paixões mau resolvidas, pois meu coração já possui todas as armas para o distanciamento e desprezo ...
Não espero amores eternos, porque a eternidade não me faz ficar com os dois pés no chão, e voar é algo que só acontece nos sonhos mais bizarros...
Eu sigo leve, sem me preocupar porque o sol não apareceu hoje, e se as estrelas são pequenas lembranças de gerações passadas...
Eu sigo leve...
Leve pra caminhar...
Passado
E quando você não consegue mais parar, nem mesmo sente vontade de parar. Na sua cabeça existe apenas um objetivo, você perdeu todos os seus sentidos e sente vontade de uma única coisa. Você tem um lapso de realidade e percebe que nem mesmo as canções antigas te confortam, os velhos pontos de encontro não tem mais graça e essa fumaça te lembra do começo disso tudo. Por um instante você se imagina vivendo uma vida regrada, com responsabilidade e compromissos. Você sente falta do errado, sente falta de se divertir no proibído. Todas suas falas e todos seus antigos supostos ideais passam por um milésimo na sua cabeça, e dão voltas e voltas. Passeiam por cada espaço e te levam há alguns anos anteriores, pra você rever tudo que fez e você vê que nada parece ter sido válido, na verdade nada foi válido. Mesmo parado seus olhos desenham no ar a sua frustração de ter sido mais uma vitima de tudo isso vivido aqui... E quando mais você tenta sair mais você afunda nas lembranças e na incerteza que não será a ultima vez...
Texto feito em dezembro de 2009.
terça-feira, 13 de abril de 2010
O tempo perguntou...
"O tempo perguntou pro tempo,
quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu pro tempo,
que o tempo tem muito tempo...
Quanto tempo o tempo tem?"
Quanto tempo tem uma semana?
quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu pro tempo,
que o tempo tem muito tempo...
Quanto tempo o tempo tem?"
Quanto tempo tem uma semana?
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Diferente de ontem.
"(...) porque a vida é bela demais para não se aproveitar, para se segurar por uma âncora que te quis tão bem. Se um dia fui tua gaiola, hoje fico grato por ser a chave que te liberta, ignorante do fato de que você sempre pôde escapar pelas grades.(...)"
terça-feira, 30 de março de 2010
Hoje eu quero um abraço de todo mundo.
Daqueles fortes de tirar o fôlego... As pessoas que eu gosto ou gostei, ou até mesmo os problemas que eu arrumei não me farão temer. Apenas hoje, eu quero sentir a chuva sem me preocupar com as roupas, ou com o que meus pais vão dizer. Somos todos crianças eternas. E tolos aqueles que negam. Como na nossa velha infância, que nem tão velha é, e que mesmo assim é empoeirada e possuída por traças. Recordo-me das minhas bonecas, palhaços coloridos com caras tristes, e aquele cheiro característico de terra molhada no comecinho de qualquer chuvisco.... Agora só disso sinto a falta.
Mas hoje eu vou me esquecer de tudo de ruim, eu já cresci com as minhas experiências negativas. Só hoje, no mínimo sair sem me importar com a hora de voltar, ter o meu tempo e o seu também. Quero um abraço apertado e verdadeiro, seguido de um beijo na bochecha. Sorriso falho, banho de mangueira, roupas molhadas, grama verde, toddy quente de manhã, brigas pra ver quem senta em frente à televisão mesmo sabendo que estaria passando jornal. Eu quero isso e tudo mais, por que o melhor de mim foi sim, a minha velha infância.
Minha inocência me fez uma boba que perdeu algumas vezes, mas do que me importa? Você acabou ganhando mesmo, e foi sempre o mais importante pra você, ganhar a qualquer custo. E por mim, tudo bem. Hoje eu vou ganhar meu dia. Hoje eu vou ganhar um abraço de todo mundo, seguido de um beijo na bochecha.
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