sábado, 6 de março de 2010

Agora que achei o meu foco.

          Em pensar naquele sentimento de um certo tempo atrás, não me causa mais nenhum transtorno. Hoje senti o vento balançar os tijolos que marcavam a membrana do buraco no meu peito, aquele buraco pelo qual achei que nunca cicatrizaria. Em não encontrar sentimentos no meio daquela loucura toda, fez com que eu achasse que nunca veria o sol novamente, aquele sol que me aquecesse de tal maneira que nem precisaria de uma chuva para refrescar. Naquele momento precisava me senti viva com emoções concretas mas só senti a chuva caindo sobre meu corpo, me esfriando ainda mais.
         Mas a esperança nem ao menos viveu para mover um dedo. Ela estava fria o bastante para não conseguir pedir ajuda. Mesmo assim continuava a se chamar esperança, mesmo assim continuava a fornecer conforto, mesmo assim, morta, continuava vivendo, bem no meio do buraco entre os tijolos...
        Posso até me sentir culpada em não ter acredito que a esperança poderia surgir, mas nada era útil para ser considerado uma esperança. Tudo aquilo pelo qual cogitei que nunca sentiria de novo, esta presente nos meus dias. Encho-me de orgulho para falar que faz um bom tempo que não chove e não quero que chova. Pelo simples e maravilhoso fato que o sol está me aquecendo de uma maneira tão significante que nem a chuva é bem vinda nos meus dias.

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